O aumento foi de 28% sobre o mesmo período do ano passado. A violência se agrava inclusive na Asa Sul. Governo de Agnelo Queiroz (PT) tenta reagir à crise
Em meio a uma operação tartaruga executada há dois meses por parte da Polícia Militar, que reivindica melhores soldos, Brasília e o entorno do Distrito Federal vivem uma onda de insegurança. De 1º e 29 deste mês, houve 63 assassinatos no DF, um aumento de 28% sobre o mesmo período do ano passado. E os casos de violência, tradicionalmente concentrados nas cidades-satélites mais carentes de Brasília, multiplicam-se nas áreas mais nobres da capital.
“A categoria tem todo o direito de reivindicar”, disse o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), “mas Brasília não será refém do medo”. Ele promete ”medidas” contra a violência, mas não as detalhou. Ontem, em menos de duas horas, dois crimes violentos ocorreram à luz do dia na Asa Sul, área nobre e central da capital. Um homem foi baleado por policial à paisana em frente a um supermercado e outro foi esfaqueado por morador de rua. Ambos foram levados a hospitais.
Na noite de quarta-feira, um rapaz de 29 anos morreu quando chegava em casa em Águas Claras, cidade-satélite de classe média. Ele foi atingido por um tiro na nuca, depois de estacionar o carro. O comando da PM nega apoiar o movimento, liderado por entidades de praças como a Associação de Subtenentes e Sargentos. No começo da semana, foram instalados pela cidade outdoors pedindo melhorias de soldos e cravando o termo ”operação tartaruga”.
“Todas as reclamações da comunidade por atraso ou falta de atendimento a ocorrência serão apuradas”, informou a assessoria de imprensa da Polícia. Militar . Os manifestantes querem reajuste de 66,8%, reestruturação de carreira e reposição de perdas. Os PMs do DF recebem o segundo maior ssoldo para a categoria no País.
A Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal emitiu nota em que afirma estudar medidas judiciais cabíveis, cíveis e criminais, a serem tomadas contra o governador e o Secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. A secretaria não se pronunciou sobre o assunto.
(dasagências de notícias)
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