sábado, 29 de março de 2014

Família culpa obra por acidente com três amigos de infância mortos no Rio

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Quatro jovens morrem em acidente de carro no Subúrbio do Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)Três  jovens morreram em acidente de carro no Subúrbio do Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)

 

A família de Michel Soares Roque, de 20 anos, um dos três jovens mortos em um grave acidente ocorrido na madrugada desta quinta-feira (27) em Vicente de Carvalho, Subúrbio do Rio, ficou revoltada. O carro em que os três estavam, junto a outros dois rapazes que sobreviveram, capotou num trecho em obras da Transcarioca. Os familiares acreditam que a fatalidade ocorreu devido aos transtornos na via.
"Lá não tem sinalização nenhuma. Quando cheguei depois do acidente estava tudo escuro, não dava pra ver nada direito. Nem o local do acidente tinha sido sinalizado", contou Reginaldo da Silva, tio de Michel. Ele disse que um ambulante presenciou o carro capotando. "Ele disse que o carro passou direto ao invés de virar a direita, mas não dava para o motorista ver nada ali", afirmou.
"Não dá pra dizer que não houve imprudência. Mas a obra causa muito transtorno. Se você passar pelo trecho em horário de pico, o congestionamento te obriga a passar devagar. Mas a noite não se vê nada. Sem contar que ali é uma área de alto risco", disse Jorge Santos de Almeida, 49, outro tio de Michel. O trecho onde aconteceu o acidente é um canteiro de obras do corredor expresso Transcarioca.
Amigos de infância
Os cinco rapazes vítimas do acidente são amigos de infância, segundo afirmou a irmã de Michel, Michele Silva de Almeida, 35 anos. Todos moradores de Rocha Miranda. Rodrigo C. Leite tinha 18 anos e conduzia o carro. Douglas A. Leite tinha 21 anos e era o mais velho entre os três que morreram. Eles voltavam de uma festa na casa de amigas que fica em Engenho da Rainha.
Tios e irmã de Michel acompanharam liberação do corpo no IML (Foto: Daniel Silveira / G1)Tios e irmã de Michel acompanharam liberação
do corpo no IML (Foto: Daniel Silveira / G1)
Muito abalada com a perda do irmão mais novo, Michele falou que, recentemente, o rapaz se dedicava somente aos estudos. "Ele era uma criança grande. Cada hora dizia que queria ser uma coisa. Falava em ser policial civil. Dizia até que queria ser delegado. Mas ele ainda não tinha se decidido sobre faculdade", contou.
Ainda segundo Michele, Rodrigo, que diria o carro, era o único que cursava faculdade. Douglas, chamado pelos amigos de DG, estudava o ensino médio e trabalhava.
Os dois sobreviventes foram socorridos no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, também no Subúrbio. Conforme divulgado pela Secretaria estadual de Saúde, Marcos Vinícius A. da Silva apresentava estado de saúde grave por volta das 12h. Daniel Alvin Oliveira seguia internado com quadro clínico estável. Ele sofreu fratura na perna.
Enterros
Até as 14h a família de Michel ainda aguardava a liberação do corpo. O enterro estava previsto para o meio dia desta sexta-feira (28) no Cemitério de Irajá. A previsão era de que o corpo de Rodrigo seja enterrado uma hora antes no mesmo cemitério.
"Só o Douglas vai ser enterrado hoje (quinta-feira), às 16h. A família dele disse que não queria esperar até amanhã", contou a irmã de Michel.
Além dos mortos, um rapaz ficou ferido e foi levado para o Hospital Getúlio Vargas. (Foto: Reprodução/TV Globo)Além dos mortos, um rapaz ficou ferido e foi levado ao Hospital Getúlio Vargas (Foto: Reprodução/TV Globo)

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