terça-feira, 8 de julho de 2014

Dono e quatro funcionários de abrigo são presos suspeitos de tortura

Polícia investiga se dinheiro de benefícios dos internos era desviado.
Vídeos registraram cuidadores agredindo idosos e deficientes, em Goiás.

Idosos são agredidos por funcionários de abrigo em Goiás (Foto: Reprodução)
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
O proprietário e quatro funcionários de um abrigo de idosos e deficientes foram presos na segunda-feira (7) suspeitos de torturar e maltratar internos, em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. A Polícia Civil ainda suspeita que o dono da unidade desviava dinheiro de aposentadorias e benefícios sociais dos pacientes. “Há indícios de que eles realmente se apropriavam dos cartões de benefícios de alguns internos e depois utilizavam para despesas diversas e não para o cuidado com eles”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Ricardo Pereira.
A polícia começou a investigar o estabelecimento após a denúncia de vizinhos do abrigo. Eles registraram funcionários da unidade agredindo internos. Em uma das gravações, um idoso aparece com as mãos e pés amarrados na cadeira rodas. Outro vídeo mostra uma mulher batendo com um pedaço de madeira nas costas de um paciente, que está nu e grita pedindo que ela pare com a agressão.
O delegado informou que os suspeitos usaram do direito de permanecer em silêncio durante o interrogatório. No abrigo, os policiais apreenderam documentos e um computador. Os agentes também recolheram objetos que podem ter sido usados nas agressões, como uma corda, um cinto e pedaços de madeira.Inicialmente, apenas uma das funcionárias, de 36 anos, havia sido detida. De acordo com o delegado, todos os seis presos vão ser indiciados por tortura e maus tratos. “Alguns pelos crimes de tortura na modalidade castigo e outros pelo crime de tortura na modalidade omissão. Eles deviam cuidar e zelar dos mesmos. No meu entender, eles se omitiram. Por isso eles foram presos e estão respondendo pelo mesmo crime que os agressores, mas na modalidade omissão”, explicou Pereira.

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