quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Papa Francisco: 15 doenças da Cúria Romana [e dos Políticos Brasileiros]

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Na mensagem de Natal do Papa Francisco à Cúria Romana ele enumerou15 doenças que afetam muitos dos líderes da Igreja Católica, especialmente os membros da Cúria Romana. Ao analisar mais profundamente as doenças enumeradas pelo Papa, percebemos claramente que elas não afetam somente a Cúria Romana, mas grande parte dos Homens que possuem algum poder de decisão, como osPolíticos Brasileiros.
O que é a Cúria Romana?
Para exercer o poder supremo, pleno e imediato sobre a Igreja universal, o Romano Pontífice vale-se dos Dicastérios da Cúria Romana. Estes, por conseguinte, em nome e com a autoridade dele, exercem seu ofício para o bem das Igrejas e em serviço dos Sagrados Pastores.” (Christus Dominus)
Ou seja, os membros da Cúria Romana são como os Ministros de um Presidente ou os Secretários de um Governador ou Prefeito.
As 15 Doenças e sua Relação com os Políticos Brasileiros
- Sentir-se imortal ou indispensável
Para os que sofrem deste mal, o Papa recomendou que visitem um cemitério, pois lá encontrarão nomes de diversas pessoas que se sentiam imunes ou indispensáveis. Essa recomendação poderia ser seguida por diversos velhos e novos ‘dinossauros’ da política brasileira.
- Martalismo
Esta doença está ligada ao excesso de trabalho, de modo geral os políticos brasileiros estão imunes a ela, já que preferem trabalhar somente de terça a quinta-feira.
- A mentalidade dura
Está doença é quando esquecemos que somos “homens de Deus” e passamos a nos fixar e esconder nos papeis que assumimos. É quando, por exemplo, o líder de um determinado partido no Congresso passa a apoiar tudo que o seu Partido está fazendo, mesmo que no passado tenha se oposto a tais ações.
- A excessiva planificação
Podemos achar que no Brasil nada é muito bem planejado pelos políticos, talvez na questão das políticas públicas tal afirmação faça sentido, já no ponto do marketing político, vemos cada vez mais tudo muito bem planejado e orquestrado para que o saldo nas próximas eleições seja positivo.
- Má coordenação
A má coordenação é uma das doenças mais disseminadas entre os políticos brasileiros. Os partidos trocam apoios por ministérios, secretarias, diretorias…, depois, o Presidente, Governador ou Prefeito se diz assustado por saber que tal ministro, secretário ou diretor está envolvido com inúmeros casos de corrupção. O que podemos imaginar, por exemplo, de um Ministro da Pesca que afirma “Nem sei colocar uma minhoca no anzol”?
- O Alzheimer espiritual
Tal doença está mais ligada com a própria religião, pois ela está relacionado com os religiosos que se esquecem de Deus. Mas poderíamos substituir o Alzheimer Espiritual pelo Alzheimer Eleitoral. Não é raro vermos políticos fazerem, depois de eleitos, exatamente o que acusavam que seus oponentes fariam. Desde uma política macroeconômica a uma ‘simples’ manutenção dos esquemas de corrupção.
- Rivalidade e vã glória
Essa doença faz os políticos brasileiros criarem e fortalecerem a inimizade/rivalidade entre os brasileiros. Joga-se o negro contra o branco, o pobre contra o rico, o sulista contra o nortista, chega-se até mesmo a jogarem o ‘feio’ contra o ‘belo’.
- Esquizofrenia existencial
Tal doença faz com que alguns políticos em um momento se declarem totalmente contrários ao capitalismo e os capitalistas, em um outro momento reclamam que seu salário (R$26.723,13) é baixo, ou ‘ostentam’ colocando gasolina aditivada ou simplesmente passam a morar em um apartamento triplex.
- Mexericos
Cria-se e dissemina-se boatos com uma facilidade enorme, desde de ele é a favor do aborto, bate na mulher ou cheira cocaína, até algo mais elaborado como “ele não gosta de pobre, a empregada dele me disse que após os comícios ele joga as roupas fora”.
- Cortejar os chefes
O marketing político quase que obriga os políticos a bajularem seus líderes partidários. Jamais deve-se apontar os erros que seus líderes estão cometendo, e quem ousar se curar de tal doença, ou seja, ser sincero com o chefe, deve ser punido exemplarmente.
- Indiferença perante os outros
Em 2014 tal doença acabou por transcender os políticos e acabou contaminando a sociedade como um todo. Se uma pessoa dissesse que votaria em um determinado candidato, parte de seus amigos passavam a tratar com total indiferença, como se ela passasse a se tornar menos humana por declarar que votaria no candidato A, D, E ou M.
- Cara fúnebre
Tal doença ataca principalmente os opositores, eles não conseguem enxergar pontos positivos, não trazem soluções, apenas focam em propagar os problemas.
- Acumular bens materiais
Essa talvez seja uma das doenças mais disseminadas entre os políticos brasileiros. O objetivo central de se conseguir mais poder com a política não é meramente o de se tornar mais forte e influente, mas sim o de acumular mais capital.
- Círculos fechados
Os grupinhos em um primeiro momento tendem a ter uma boa intenção, mas em um segundo momento tendem a fazer com que os políticos se envolvam em escândalos. Há tanto os círculos familiares, como é possível ver em diversos currais eleitorais, como também os grupinhos dos ‘companheiros das antigas’.
- O lucro mundano e exibicionismo
Segundo as palavras do Papa Francisco está doença é “quando o apóstolo transforma o seu serviço em poder e o seu poder em mercadoria para obter lucros mundanos ou mais poder.” (Papa Francisco)
Veja o documento oficial do Vaticano (italiano):
http://w2.vatican.va/content/francesco/it/speeches/2014/december/documents/papa-francesco_20141222_curia-romana.html

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