Soneto Libertino
Waldo Santos
Não posso medir meus sentimentos
Não posso, isso me limitaria
Como privar-me de alimento?
Onde me saciaria.
Não conto palavras
Nem enclausuro meus versos
Deixo-os livres na lavra
Enfileirados, nunca dispersos.
Arrumados sem conta-los
Sem métrica, sem espaço
Livres na lauda.
Não conto versos em decassílabos
Liberto-os no compasso
Além da jaula.
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