sexta-feira, 30 de maio de 2014

Homem se passa por secretário municipal e aplica golpe em Goiânia


Um homem de 36 anos foi preso, em Goiânia, suspeito de se passar por secretário municipal da prefeitura para dar golpe em pessoas que prometia contratar. De acordo com a Polícia Civil, ele chegou a recrutar 15 pessoas, entre elas jornalistas, advogados e engenheiros, para formar a equipe da Secretaria Municipal de Engenharia Civil e Ambiental, que ainda seria implantada. Para firmar o contrato de trabalho, cada vítima tinha que pagar uma taxa de R$ 400.

O suspeito foi preso na tarde de terça-feira (27) na casa em que morava, no Setor Goiânia Viva. Ele foi apresentado pela polícia na manhã desta quarta-feira (28). O delegado responsável pelo caso, Waldir Soares, informou ao G1 que o homem prometia salários que variavam de R$ 4 mil a R$ 13 mil, de acordo com cada função.


“Ele começou a arquitetar a contratação das pessoas em outubro do ano passado. Desde então, levou o grupo até um prédio da prefeitura que passa por obras e mostrou onde seria a futura sede da secretaria. Para dar veracidade, ele dizia que havia sido contratado pelo secretário [de Governo] Osmar Magalhães, a pedido do ex-secretário da Casa Civil Lívio Luciano e citava outros políticos”, relatou.

A Prefeitura de Goiânia informou, em nota, que o secretário Osmar Magalhães "foi surpreendido, no dia 22 de maio, por duas mulheres em busca de informações sobre uma possível contratação em uma secretaria que não existe. Na ocasião, foi orientado que ambas procurassem a polícia, já que não há, por parte da administração municipal, nenhum tipo de recrutamento e se tratava de um golpe".

Ainda segundo a prefeitura, o suspeito preso já foi contratado como agente de saúde e atuou como servidor entre setembro de 2009 a abril do ano passado, quando encerrou o vínculo com a administração municipal.

Em nota divulgada a imprensa, o ex-secretário da Casa Civil e deputado Lívio Luciano (PMDB) esclareceu "que não tem e nunca teve qualquer relação profissional ou familiar" com o suspeito. Ele também  afirmou que "desconhece os motivos pelos quais o acusado apropriou-se do seu nome, mas acredita, de forma veemente, que a polícia elucidará o caso, dando respostas necessárias à sociedade e a ele próprio, que surpreendeu-se ao ser informado por amigos que o suspeito o havia mencionado".

Promessas
Segundo o delegado, as vítimas chegaram a abrir conta em banco, a fazer exames médicos e providenciar documentos para a contratação. “As pessoas acreditaram nas promessas, muitas pediram demissão do trabalho, e caíram no golpe. O prejuízo para alguns passa de R$ 15 mil, pois pediram para sair dos empregos anteriores e não tiveram direito a receber questões trabalhistas”, explicou.

Enquanto a suposta sede da secretaria não ficava pronta, a equipe fazia encontros em praças, parques e até na construção de um futuro shopping. “Essas pessoas participaram de reuniões formais, visitaram dezenas de obras, além de alguns encontros na casa dos próprios integrantes do grupo. Todas acreditavam na veracidade do emprego”, ressaltou Soares.

O caso começou a ser investigado há cerca de 10 dias, quando uma das vítimas desconfiou do falso secretário e o denunciou à polícia. “Ele foi preso em flagrante e vai responder por estelionato e falsidade ideológica. Somando as penas pode pegar até 10 anos de prisão”, concluiu o delegado. O homem permanece preso no 8º Distrito Policial do Setor Pedro Ludovico.

Fonte: G1

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