Delegados e agentes da Polícia Federal, que trabalham nas investigações
da Operação Lava Jato, denunciaram sexta (17) que estão há mais de dois meses
sem receber as diárias do governo federal. De acordo com o delegado Eduardo
Mauat, diretor regional da Associação dos Delegados federais, dos 30 policias
que trabalham nas investigações cerca de 60% vieram transferidos e não tem
residência em Curitiba.
A dívida com as diárias já passa dos 200 mil reais, segundo estimativa
da Associação dos Delegados Federais. Os profissionais que atuam nas
diligências reclamam ainda que as diárias estão defasadas. Hoje, o valor do
benefício é de 200 reais para custear todas as despesas. De acordo com o
delegado Eduardo Mauat, o atraso pode sim trazer prejuízos às investigações da
Operação lava Jato.
Além disso, o delegado acusa o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, de tentar barrar as investigações da Polícia Federal. Isso porque, esta
semana, o depoimento em sete inquéritos que investigam operadores do esquema de
corrupção na Petrobras e políticos foi suspenso a pedido de Janot.
Nesta sexta (17), os delegados da Polícia Federal lançaram um “Pacto
Anticorrupção”. Uma das propostas é o fortalecimento da estrutura PF, com a
criação de delegacias especializadas no combate à corrupção. Outra proposta do
pacote anticorrupção é adotar o inquérito eletrônico para aumentar a agilidade
das informações trocadas com a Justiça Federal e o Ministério Público,
aumentando a eficiência das investigações criminais. O pacto também prevê a
cooperação entre todos os órgãos públicos federais.
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